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Alguém que eu conheço está em luto - Flor de Cerejeira Instituto de Psicologia

Alguém que eu conheço está em luto...

 

Dor compartilhada é dor amenizada

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As pessoas que enfrentam um processo de luto encontram-se muito fragilizadas e, portando, possuem uma demanda especial. E neste momento tão doloroso, ter amigos por perto pode ser muito acolhedor.

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Entretanto, estar diante de uma pessoa em processo de luto pode ser uma experiência difícil. Não raro, ficamos sem saber o que dizer e sem saber como agir.

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Em primeiro lugar, não tente fazer a pessoa enlutada superar e retomar sua rotina imediatamente. Quando perdemos alguém querido, nosso mundo presumido (aquele que conhecemos) é abalado e precisamos de tempo para reorganizá-lo.

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Evite frases como “Eu sei como você está se sentindo”. Mesmo que você também tenha vivido uma perda parecida, o luto é um processo singular. Isso significa que cada pessoa vive seu luto de um jeito único. E mesmo dentro da família, a perda de um ente querido repercutirá em cada membro de maneira diferente.

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Frases como “Você precisa ser forte”, “Ele não gostaria de te ver sofrendo”, ou ainda “Chorar não irá trazê-lo de volta”, embora bem intencionadas, tendem a inibir a expressão do sofrimento pelo enlutado. Além do mais, como o sofrimento pela perda de alguém importante e querido não cessa de imediato, o enlutado pode sentir-se inadequado e incompetente no manejo de seus sentimentos.

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SUA PRESENÇA PODE SER DE MUITA AJUDA

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A morte de um ente querido causa uma crise e provoca mudanças importantes na vida do enlutado. Você pode ajudar nessa reorganização oferecendo-se para fazer compras, limpar a casa, cozinhar. Tarefas rotineiras podem ser difíceis de cumprir no momento de desorganização e dor.

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Outra forma de cuidado é estar disponível para ouvir sem julgar. Durante o processo de luto, a pessoa pode sentir necessidade de repetir sua história diversas vezes. Dor compartilhada é dor amenizada!

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Datas marcantes são especialmente dolorosas: aniversários de nascimento e morte, feriados, entre outros, podem potencializar o sofrimento. Estar próximo pode ser acolhedor.

 

Oscilações de humor e momentos de raiva são esperados. Não é com você! Tente ser tolerante e compreensivo.

 

Não crie a expectativa de que tudo “voltará a ser como antes”. A pessoa enlutada precisará construir uma nova identidade que incorpore a perda sofrida.

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Mas lembre-se de que você também tem seus limites! Respeite-se e somente ofereça aquilo que você realmente sente que pode oferecer.

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Caso entenda que o sofrimento e a dificuldade de se reorganizar estão sendo muito grandes, converse sobre a possibilidade de procurar a ajuda de um profissional.

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